terça-feira, 30 de setembro de 2008

"Mas dizer que me amaa e prontoo, você, só você, você podee..."

Psiu...

Pega meu coração, toma...

Agora ele é seu!!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Declaração de Amor



Te amo... Não porque você é um lord, o genro-que-toda-mãe-
pediu-a-Deus, etc etc etc, ou porque você conseguiu
impressionar minha família toda com seu jeito de bom menino,
ou porque você é um fooooofoo que eu posso exibir pra todo
mundo morrer de inveja.


Te amo, pura e simplesmente, pelo jeito como você olha pra mim,
e porque sua mão sempre dá um jeito de encontrar a minha. Porque
encaixo em você tão fácil. Te amo pelas coisas inacreditáveis que
você faz pra estar comigo, e quando está comigo. Pelo seu sorriso
calmo e paciência infinita. Porque você é surpreendente, a ponto de
me fazer não acreditar, de vez em quando, que você me achou.
Te amo porque você me achou e não perdeu tempo. Porque você
me leva à sério na hora certa. Aliás, tudo com você é na hora certa.
E eu adoro seu jeito meio desajeitado e fofo de me dizer qualquer
coisa romântica, e me deixar nas nuvens. Adoro quando você tenta
cantar. Adoro quando você me chama de "minha linda", e
de "princesa". Adoro ser sua, e me sinto linda quando estou com
você. Você me faz esquecer minhas neuras, me faz querer ser
descomplicada. E junto de você eu quase consigo. Te amo por você
ser o exato oposto de mim, em tantos sentidos, e mesmo assim a
gente dar certo.

Te amo, e amar você não dói. Nem um pouco. Não é complicado,
não é nenhum drama, é tão absurdamente normal que eu fico sem
acreditar às vezes. Eu, que quis tanto a sorte de um amor tranquilo.
E você chegou na hora certa. Obrigada por ser meu amor, meu
amor. E feliz "..." meses pra gente...!

domingo, 28 de setembro de 2008

O Meu Exemplo


Comecei minha monografia dizendo que por sua causa eu sei que
anjos da guarda realmente existem. Os motivos dessa frase
não caberiam num texto, muito menos na imagem clichê de anjos
com auréola e batas brancas, que saem voando por aí com nossas
razões para acreditar neles. Os meus motivos são concretos, estão
aqui em baixo comigo, e não voam.

E eu tenho muita sorte por eles não voarem. E muita sorte por
conhecer alguém que, por unanimidade, é tão fora do normal.
Afinal, não é normal fazer o bem de graça. Não é normal a doação
e a dedicação quando tudo o que você sabe que ganhará em troca
são olheiras cansadas no dia seguinte. É absurdo ajudar quem você
mal conhece. Mas a sua anormalidade existe, e é por causa dela,
que eu insisto tanto em ser anormal também.

E aí você entra na livraria e vê milhões de livros céticos, com doutrinhas
polêmicas que vão deixar uma pessoa rica e milhões de pessoas descrentes.
Sai na rua e vê pessoas em situações mais baixas que o próprio chão.
Você abre o jornal e vê tudo indo pro lado contrário,
tudo doendo, tudo vazio. Tudo sem uma mínima razão pra te fazer
acreditar. Mas você acredita. E isso é perfeitamente anormal.

Tão anormal quanto aquela vez em que, no meio da noite, você
ligou música no quarto e me acordou para dançar balé. Ou quando
fugiu comigo e me fez ligar pros meus pais dizendo que eu estava
na beira do mar. Anormal do jeito engraçado que você arranjava
para acenar (com os pés) e me fazer parar de chorar porque ia
embora do seu ladinho. E tão anormal quanto as vezes em que
você me fazia cantar ópera bem alto no metrô, só porquê lá fazia
eco.

Eu tenho certeza, não é normal. Ninguém vive em alguém com
tanta presença. Se naquela época eu era uma criança descobrindo
o mundo, hoje que eu descobri o mundo, sei que a criança ali também
era você.

Vim para o trabalho e sentei na minha mesa, com o meu teclado,
lembrando que só gosto de escrever porque quando eu tinha 7 anos,
escrevi uma historinha que te fez acreditar que eu era boa naquilo.
E o seu enorme entusiasmo me fez querer acreditar também.
E percebe? Você continuou me fazendo querer. Querer fazer melhor,
ser melhor, ir além, emudecer preconceitos, curtir detalhes, colorir o
dia, tornar possível, ser totalmente anormal. Doida mesmo, louca
varrida. Completamente contra essa porcaria de valores que te puxam
a cada dia cinza e que, se não te fazem sentir ingênua, te fazem sentir
culpada.


E foi assim, me dando bons motivos pra existir, que você
me provou que anjos da guarda realmente existem. E sabendo que
existem, pude me cercar de pessoas tão anormais como você. Anormais
na maneira de amar, de ser e de me surpreender com um amor
anormal pro mundo, mas perfeitamente normal pra mim.

Obrigada por tudo. Te amo demais.





(Mika)

Já passou Uma semana do meu adversário!...rs


Normalmente, e isso eu sei que é coisa de mulher, ano após ano, lá vai ela perder horas de sono refletindo sobre o que anda acontecendo. O que foi, o que é, o que está por vir. É que algum desocupado determinou que nós devemos ter um sentido na vida. E nós, mais desocupadas ainda, perdemos tempo procurando esse sentido todos os dias.

Mas nada se compara à véspera do aniversário...

Cerca de uma semana antes bate aquela depressão, misturada com a ilusão de "o dia é meu e só eu faço aniversário hoje".Aí a gente busca crer que evoluiu, está mais mulher, mais crescida, mais capaz. "Mundo, gire para a direita". Sim, a vida veio com seus grandes obstáculos, mas fomos capazes e construímos um grande castelo e... Merda. Eu continuo A MESMA coisinha de sempre.

Passei a adolescência brincando de etapas. A cada ano que eu sabia que já havia vencido alguns obstáculos. Gostava de me ver evoluindo e sentia isso com a euforia de quem ainda não tem responsabilidade pelas conseqüências.Um universo girando em torno do meu umbigo e tudo o que importava era a tal teoria de que depois de um tombo, a gente levanta. É bom viver em fase pré-escolar.

Mas não dura nada. Certo dia você acorda e tem mil coisas pra fazer, mil cartões na sua carteira que não é mais a da Barbie, mil horários, mil tombos pra levantar. E só uns vinte e seis anos (pra ser exata) nas costas. Bem vinda a essa droga de corre-corre e de dane-se-dane-se quem você é. Então eu crio esse momento retrospectiva, já sem euforia e me esforçando pra não partir pro "ah mas antes era melhor".

Porque sabe, nem era. E é exatamente aqui onde eu começo a constatar detalhes que sempre me perseguiram. Como esse meu otimismo irritante. Aí fica fácil ver que eu realmente continuo essa coisinha de sempre, a mesma. Oscilações bruscas de auto-estima, Guiness no conceito "paciência", calma como água de poço e mais sonhadora do que deveria.

Acho que só crescendo pra gente ver que na verdade não é que o tempo faz a gente mudar, o tempo faz a gente se conhecer. E eu já me conheço tanto que agora, outubro de 2008, eu só assisto. E percebi, de vez, que o que sempre mudou não fui eu, foi o cenário. Eu só me adaptei a ele.

Viu que jóia? Mais um ano de existência e eu aprendo o quê? A me moldar. Tem gente que aprende ballet, gente que aprende a ler, fazer contas, escalar montanhas. E eu aprendi a ser complacente, grande virtude.

De certa forma, aqui deu certo. É claro que não serei o símbolo da boa convivência, mas note o quanto se tornou necessário. Vinte e seis anos lidando com dualidades que me induziam a ser um poço escorregador de sapos, a mocinha submissa, a vítima no final das contas...Um certo estalo caiu muito bem. Um amor próprio, também. Independência, autoconfiança e um namorado delícia, idem, porque ninguém é de ferro.

Hoje eu já aposto em mim. E se pudesse apostar em alguma conquista, apostaria duas vezes. Uma na praticidade e outra na segurança. Ando mais objetiva, menos ingênua. Ando mais brava, mais exigente, mais "prova pra mim". Uns chamam de escudo, outros de aprendizado. Eu chamo de precaução, e isso aí nunca é demais.

E ando segura porque, já que a culpa será sempre minha, que seja pelas coisas boas também. Já que transportar um coração birrento oscila entre maldição e sorte, nada melhor que parar de tentar lutar contra quem se é, e trazer pra dentro só quem condiz com as regras da casa. O resultado não poderia ser melhor, mais tranqüilo, mais meu. Quando você convive dentro dos seus limites, os resultados também são seus.

Então são vinte e seis mesmas coisas, certezas e dramas. Porque eu falei, continuo a mesma. Mas já sou capaz de influenciar meu ambiente a meu favor. Já sei diferenciar o que vale ou não a pena. Já sei ser mais minha. E isso, percebam, faz toda a diferença.

Por mais que eu tenha essa sensação da falta de mudanças, passar o dia de comemoração com pessoas e gestos tão lindos me fez perceber que a felicidade sempre esteve aqui. Tão presente que me fez me acostumar com ela, entrar no modo de vida dela, trocar a ambição de ser feliz pelo simplesmente "ser". E é isso que eu vou ser, da maneira mais estável, por mais um ano.

E se não for, que venha o tombo. Eu sei que eu aprendo, pela vigésima sexta vez, mas aprendo.

Bóra cantar parabéns?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Esse Merece ser Republicado!...♥


"E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles.

O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?


Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no braço esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.


Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri com um sorriso contagiante, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.
"





(Martha Medeiros)









(e eu não preciso dizer mais nada...)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Recomeçando!...




Era como se eu controlasse o tempo. Pensando agora, no passado, parece que eu vivi tudo o que tinha que viver, só pra chegar até aqui. Ou seja, tudo o que passou foi importante, foi um passo a mais. E faz sentido agora.


Engraçado essa minha mania de ter que escrever tudo, ter que
registrar. E não é nenhuma pretensão, o propósito é criar um mapa de mim mesma. Entenderam? Autoconhecimento, é disso que se trata. É isso que me possibilita ver os degraus, compreender cada um deles. E entender, que ironicamente, cada queda me faria subir.

Adoro essa coisa que tenho de me entregar assim a tudo. Dane-se a
razão, pra quê se diabos ela serviria mesmo? Ainda quando o machucado é grande nunca discordei de que ouvir o coração era a melhor saída. E nunca tive motivo concreto para discordar disso, ou tentar fugir das regras que o fato de ser eu mesma impõe. Pelo contrário, o tempo todo só anda mostrando que vivê-lo é a melhor decisão. Nem que seja a longo prazo!

Assim, foram feitas novas escolhas. É claro, o destino, a fé e a ironia ajudaram a dispor as opções. E mesmo sabendo que qualquer escolha envolve uma perda, deixei de lado toda a burocracia de qualquer sentimento, todos os "poréns" e decidi pela minha felicidade.


Esse ano está sendo importante. Desde o começo, eu só venho aprendendo algumas coisas. Finalmente, parece que chegou a hora de colocá-las em prática. Parece que a sementinha que andei plantando por todo esse tempo finalmente está gerando frutos. E sendo que foi com os meus passos que cheguei até aqui, não tem como não saber voltar.


Segurança! Era isso que faltava... Foi isso que encontrei! Segurança, abraços infinitos e um sorriso que me quebra toda, que me faz enxergar a vida que ainda está por vir.


Os erros de ontem são as soluções de hoje. E eu me lembro bem de cada um deles. Não, não vou me perder. A regra agora é soma, não subtração. Sou eu em você, e não eu pra você...! Estando todas as coordenadas feitas, só me resta entregar mesmo.


Tu até agora só moestraste cada vez mais um espacinho que se ajusta totalmente aos meus conceitos e valores. E é desse espaço que eu quero fazer parte. Já soube o suficiente, já esperei demais, já me contive tanto... Já teorizei, já expliquei. E os caminhos me trouxeram

até você.


Então faz como eu, abraça o destino e vive os bons momentos. Leva junto meu sorriso e uma idéia de felicidade concreta. Segura minha mão, pega meu coração e toma... agora ele é teu!

domingo, 21 de setembro de 2008

Você...




Você me encanta ... adoro o som da sua voz

enérgica ... poderosa ... e a forma que fala

deliro ... fortalece meu espírito

elimina minhas dúvidas ... transmite segurança

sorrio ... sem que veja ... pelo telefone

só em pensar ... na delicia de te encontrar
Adoro sentir você ... seu toque ... o seu olhar... o seu sorriso atrevido

quando escorrega pelo cantinho da boca

enche de energia ... e excita minha alma
Encontro até qualidades ... nas imperfeições ... desse homem ... cheio de virtudes

feitio moral ... talentoso ... índole especial ... carinhoso...

meu ... egocentricamente ... meu ...

sábado, 20 de setembro de 2008

Simples... e linda!!


MENSAGEM DE TEXTO

"Adoro seu coque descuidado enrolado numa simples bic.
As canetas do mundo que foram ao lixo
sem a honra de prender suas madeixas tiveram,
sem dúvida, uma existência vazia e infeliz."

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

domingo, 14 de setembro de 2008


“Compreendi que estava diante de alguém
cuja personalidade era tão fascinante que, se
me abandonasse a ela, absorveria a minha natureza inteira,
a minha alma e até a minha própria arte.”

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Pra falar de mim... essa não sou eu! rs

Eu sou o que niinguém vê. Sou miinhas conversas com o cara
lá de ciima antes de dormiir, meus pensamentos malucos,
meus sonhos surreaiis e, por que não, meus pesadelos. Sou
a meniina escondiida detrás das películas do carro, ouviindo
músiicas no últiimo volume e cantando sem nem olhar para os
lados. Sou meu piijama cor de rosa num fiim de noiite, o bom
humor logo no iiníciio do diia, meu jeiito doce e bobo de conversar
com miinha cachorriinha. Sou as gargalhadas com a amiiga
iinseparável, miinha vergonha de dançar maiis do que
empolgada numa festa.

Sou a miinha muita iintiimiidade com as tarefas doméstiicas, a
maneiira deliicada com que me aventuro a liidar com as
panelas, o sucesso delicado que sou como
coziinheiira. Sou a maniia de fiixar os olhos num ponto
qualquer e desliigar do mundo, o descaso com o celular ou
com msn liigado. Sou os cremes que lotam o cantiinho do
meu quarto dediicado à beleza e também a falta de vontade
de iir para a academiia. Sou o afastamento de amiigos e
afiins que falam de miim e de miinha maneiira de me relaciionar
maiis do que devem ou sabem. Sou meus medos, miinhas
angustiias, meus sentiimentos. Sou miinha iinsôniia de
domiingo para segunda-feiira.

Sou uma infiiniidade de detalhes que seriia iincapaz de liistar
aquii. Mas priinciipalmente: sou miinha ânsiia em manter
ocultas as miinhas peculiiariidades maiis banaiis. Aquelas que
podem até aguçar a curiiosiidade, mas não têm serventiia
alguma aos meus amiigos voyers. Eu sou a janela do meu
quarto sempre fechada aos olhos, biinóculos e fiilmadoras
de viiziinhos carentes da aventura de viiver suas própriias
viidas.*~

terça-feira, 2 de setembro de 2008

MULHER COM TPM! Muitas vão se reconhecer nesse texto!


QUANTAS MULHERES NA TPM são necessárias para se trocar
uma lâmpada?

Uma. E você sabe por que só uma? Porque ninguém dentro
desta casa sabe COMO trocar uma lâmpada. São um bando de
IMPRESTÁVEIS!!! Eles nem percebem que ela queirmou. Podem
ficar em casa no escuro por tês dias antes de notar que a BOSTA
da lâmpada não funciona mais!!! E quando eles notarem, vão
passar mais cinco dias esperando que EU troque a lâmpada...
porque eles simplesmente acham que EU sou A ESCRAVA de
plantão!!! E no momento em que se derem conta de que eu não
vou trocar a lâmpada, eles ainda vão ficar mais DOIS dias no
escuro porque não sabem que as lâmpadas novas ficam dentro da
MALDITA dispensa. E se por algum milagre eles encontrarem
as lâmpadas novas, vão arrastar a MERDA da poltrona da sala
até o lugar onde está a lâmpada queimada e vão arranhar o piso
todo. E sabe porquê??? Porque são INCAPAZES de saber onde a
escada fica guardada. Já que é inútil esperar que eles troquem a
PORCARIA da lâmpada, então serei EU mesma quem vai trocá-la!!!
E some da minha frente...

A todos...

A todos trato muito bem
sou cordial, educada, quase sensata,
mas nada me dá mais prazer
do que ser persona non grata
expulsa do paraiso
uma mulher sem juízo, que não se comove
com nada
cruel e refinada
que não merece ir pro céu, uma vilã de novela
mas bela, e até mesmo culta
estranha, com tantos amigos
e amada, bem vestida e respeitada
aqui entre nós: melhor que ser boazinha é não poder ser imitada.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Falando de... Amor



~*

Eu te chameii aquii porque queriia falar sobre grandeza.
Mesmo mal te conhecendo, sofriia de uma urgênciia de falar o
quanto eu aprendii nesses anos, o tanto que eu carregueii de
bagagem, como alguém que volta de uma viiagem cansada,
mas aiinda tem força pra mostrar as fotos. Eu te chameii,
diisfarçando essa iinocênciia com algum conheciimento
adquiiriido ao longo do tempo. E ostentando um resquíciio de
orgulho, exiibii meus valores, princípiios e tudo aquiilo que me
faziia pensar ser uma mulher muiito viiviida...E você
respondeu com siilênciio. Um siilênciio de alguém que escuta,
atento, a uma iinformação que na verdade poderiia contiinuar
não diita, mas sabe-se lá o por quê, naquele diia era algo que
te iimportava. Dediicado em iinterpretar cada palavra, gesto e
tom de voz, você me deiixou falar. Quando niinguém maiis no
mundo me ouviia.


Eu te puxeii pra cá porque queriia falar de triisteza. Como
uma criiança que acabou de caiir da biiciicleta, eu viim
correndo te mostrar o machucado. Exposto, ardendo, fazendo
companhiia a uma porção de ciicatriizes. E, mesmo sabendo
que ele, assiim como todos os outros, iiriia fechar com o
tempo, eu quiis que você olhasse. Eu conteii miinha novela
triiste, aumenteii o teor do drama. Me fiiz de vítiima, entregue,
cansada. E você, outra vez, respondeu com siilênciio. Esse
siilênciio confortável, um que exiiste quando a miinha cabeça
encosta no seu ombro. Um siilênciio que cuiida, faz o tempo
passar, diiz maiis do que qualquer conversa de regeneração.
Preocupado em fazer o resto do camiinho valer à pena, você
colocou um abraço ao meu redor, e eu volteii a pedalar em
segurança. Quando já achava que nem tiinha porquê
seguiir...


Eu te fiiz fiicar porque queriia falar de alegriia. Queriia te
contar do quanto aiinda me admiirava descobriir algo tão
doce, quando todos os doces já me pareciiam amargos. Eu
quiis te falar do sol que eu vejo mesmo quando fiica nublado,
do tanto que o meu peiito se aquece mesmo nesses diias de
iinverno. Quiis aviisar do quanto o tempo me surpreende, de
como o contraste da viida aumentou, do quanto ciinco dedos
entrelaçados aos meus fiizeram tudo ser possível. Você me
abraçou e me fez dançar no quarto. Riiu dos meus defeiitos e
me comprou um guarda-chuva novo. Me acordou com café da
manhã na varanda e descobriiu a melhor maneiira de abraçar
alguém enquanto dorme. Extrapolou a miinha probabiliidade
de sorrisos e preencheu o prediicado de tudo em que hoje eu
sou sujeiito. Inspiirou, acolheu, fez melhor e falou o que
sempre preciiseii ouviir. Uma resposta siincera, completa,
iinédiita.


E aí fuii eu que caleii.
Porque quando não sou eu que falo, quando o meu coração
palpiita e eu calo, é você que fala em miim. E quando a gente
fala junto, quem se cala é o própriio mundo, pra ouviir falar de
um amor sem fiim!


* (Mika)

~☆

Quem leu, escreveu: