É. Tem dias em que a gente se sente assim mesmo. Como quem partiu ou morreu. Normalmente acontece quando a gente cai em si e vê que perdeu um pedaço da história, mas não sabe onde, nem como, porque apesar de estar se sentindo como quem partiu ou morreu, na realidade nunca partiu. Sempre esteve ali. Achou que estava presente, achou que estava sendo companheira e de repente, percebe que não foi nada disso. Alguma coisa realmente aconteceu. Mas você não sabe o que, nem como, nem onde, nem quando e muito menos o por quê. Aí, você começa a tentar de todas as formas resgatar o que parece ter ficado pra trás, entender o que se passou, mas não adianta. Bate um desespero, uma agonia, uma dor no peito que nada faz passar. A gente tentar raciocinar, mas há muitos momentos em que o raciocínio dá lugar ao sentimento e aí não tem célula cinzenta que dê jeito. O negócio é ir chorar na cama que é lugar quente. Ou embaixo do chuveiro pras lágrimas rolarem mais soltas, sem inibição. De vez em quando a gente até soluça, respira fundo, mas os olhos não secam. A dor no peito não passa e a impotência massacra a nossa alma. Não há nada que se possa fazer além de simplesmente estar ao alcance do abraço.
Paz
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Nunca o rancor, prefiro a amnésia seletiva.
Memórias devem ser merecidas.
Ana Brunini
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